Esse é Meu Lugar! Desapego no tapete de Yoga/That’s My Spot! Non-attachment on the Yoga Mat
Semana passada uma nova aluna veio para a aula e começou a ajeitar seu tapete e acessórios no chão de maneira um tanto hesitante. A turma é contínua e a maioria dos alunos vem regularmente. Embora a atmosfera em todas as minhas aulas seja tranquila e amigável, pode intimidar qualquer novatx em um grupo de pessoas que obviamente se conhece e se gosta.
À medida que cada pessoa entrava, a novata, preocupada com o fato de perturbar a ordem normal, perguntava se ela havia pego o lugar de alguém. ‘Ah sim’, eu pensei. ‘O lugar’. Frequente aulas de yoga o suficiente e logo logo você escutará, ‘Licença, mas você está no meu lugar’. Esta fala será destinada a você ou a alguma outra pessoa, geralmente dita em tom autoritário que sugere algum tipo de status de ‘yogi alpha’. É como se a frequência regular às aulas desse a alguém o direito automático a um pedaço específico do chão do estúdio.
Um dos oito pilares do yoga é um conjunto de cinco diretrizes morais chamado de Yamas. Estes princípios formam uma bússola ética para nos ajudar a andar nosso caminho nesse mundo interconectado. O quinto deles, Aparigraha, fala do princípio de desapego ou não-possessividade. Nos previne para não nos apegarmos à coisas que não são úteis, necessárias, ou importantes. Em outras palavras, nos dá a dica para não nos estressarmos com as coisas pequenas, como por exemplo, onde ficar durante uma aula de uma hora.
Eu fiquei super satisfeita aquele dia ao ouvir um após o outro dar tranquilizadoras boas vindas à novata e convidá-la para ficar onde estava. Mas eu não pude resistir ao desejo de falar sobre.
Eu não queria que este momento passasse despercebido
Eu iniciei a aula dizendo que ouvi a questão que surgiu e que estava contente com as respostas. Eu também queria oferecer uma resposta global devido à perfeita oportunidade que se fez para uma passada rápida sobre Svadhyaya – um termo sânscrito vindo de outro dos pilares do yoga chamado Niyamas, que são práticas para usarmos para cultivar nossas integridade e sabedoria internas. Svadhyaya é um processo de auto-estudo ou auto-observação.
Eu disse a eles sobre o princípio de desapego e como nós humanos imperfeitos podemos nos levar à distração nos preocupando com questões que na verdade não importam. Observarmo-nos nestes momentos pode nos dar um grande discernimento sobre o que é verdadeiramente importante.
‘Se você está vindo para uma aula de yoga com a necessidade de ficar em um lugar específico’, eu disse, ‘você não está entendendo o yoga’. Alguns vislumbres imediatos de reconhecimento foram seguidos por algumas risadas discretas. ‘Se nos tornamos apegados a algo tão sem importância quanto um lugar na aula de yoga’, continuei, ‘pense em todas as coisas igualmente sem importância, grandes ou pequenas, com as quais desenvolvemos apego no decorrer das 24 horas de nosso dia. Nos observarmos nesses momentos e começar a abrir mão das coisas que não nos servem – Esta é a verdadeira prática de Yoga’.
Houve um momento de silêncio enquanto minhas palavras aterrisavam, e então duas pessoas prontamente pegaram seus tapetes e trocaram de lugar. Todos nós rimos, parabenizamos os dois corajosos, e começamos nossa prática, felizes em celebrar as idiossincrasias e fraquezas que nos unem e nos tornam humanos.
E você? Lembra de alguma situação em que você ou outra pessoa estava se apegando a algo sem nenhum sentido? Nós todos podemos aprender uns com os outros!

Last week a new student came into class and began arranging her mat and props on the floor in a somewhat tentative manner. This class is ongoing and most of the attendees are regulars. Although the atmosphere in all of my classes is low key and friendly, it can intimidate anyone to be a newcomer in a group of people who obviously know and like each other.
As each person entered, the newbie, concerned about disrupting the normal order, asked whether she had taken their spot. “Ah yes,” I thought. “The spot.” Attend enough yoga classes and sooner or later you are bound to hear, “Excuse me, but you’re in my spot.” This directive will be either aimed at you or someone else, often delivered in an authoritative voice that implies some kind of “alpha yogi” status. It’s as if regular class attendance affords one the automatic right to a specific bit of real estate on the studio floor.
One of the eight limbs of yoga is a set of five moral guidelines called the Yamas. These principles comprise an ethical compass to help us navigate our way in the interconnected world. The fifth of these, Aparigraha, speaks to the principle of non-attachment or non-possessiveness. It cautions us not to cling to things that are not useful, necessary, or important. In other words, it’s cueing us not to stress the small stuff, such as where to stand during a one-hour class.
I was most gratified that day to hear person after person reassuringly welcome the newcomer and invite her to stay put. But I could not resist the urge to weigh in.
I Did Not Want This Moment to Pass Unnoticed
I addressed the class by saying that I’d heard the question being posed and was pleased by the responses. I also wanted to offer a global answer because of the perfect opportunity it offered for a quick hit of svadhyaya – a Sanskrit term drawn from another limb of yoga called the Niyamas, which are practices we can use to cultivate our inner integrity and wisdom. Svadhyaya is a process of self-study or self-observation.
I told them about the principle of non-attachment and how we imperfect humans can drive ourselves to distraction worrying about things that don’t actually matter. Observing ourselves in these moments can give great insight into what’s truly important.
“If you are coming into yoga class with the need to stand in a certain spot,” I said, “you’re not getting the yoga.” A few immediate glimmers of recognition were followed by a bit of chuckling. “If we become attached to something as inconsequential as where to stand in yoga class,” I continued, “think of all the equally unimportant things large and small that we form attachments to over the course of a 24-hour day. To catch ourselves in those moments and begin to let go of the things that don’t serve us–That’s the real practice of yoga.”
There was a moment of silence as my words landed, and then two people promptly picked up their mats and switched places on the floor. We all laughed, high-fived the brave two, and began our practice, happy to celebrate the idiosyncrasies and foibles that tie us together and make us human.
What about you? Can you think of an example where you’ve witnessed yourself or another holding on for dear life to something of no consequence whatsoever? We can all learn from each other!
