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Mais Nós e menos Eu

...mais Eu para um Nós saudável...

Algumas vezes recebo mensagens pedindo que eu escreva algo mais fofo…

Até hoje não havia sentido necessidade de escrever sobre isto, mas hoje a vontade veio.


Não é eu não queira ou não consiga escrever textos ou fazer postagens fofas, acredite, eu consigo (é bem fácil), e às vezes o faço, quem me acompanha sabe.

E eu sei que, às vezes, elas são necessárias, caem como um incentivo, um afago, um calorzinho no peito…


A questão é que vivemos em mundo um tanto quanto confuso e em que a maioria das pessoas ainda acredita que alguém virá e resolverá nossos problemas e dificuldades por nós. Em decorrência desta crença, projetamos nosso salvador em diversas figuras e objetos (entre elas, por exemplo, os políticos) que são simplesmente como nós: seres que estão aprendendo como tornar-se humanos. Uns com mais discernimento e, por consequência, pensam mais no bem coletivo; outros com bem pouco ou a quase falta dele, pensando somente em si próprios e nos seus, quando os interesses convergem.


Todos os problemas e dificuldades que pairam na sociedade atual foram criados por nós, coletiva e individualmente.

Se não, por atitude, por omissão.

Afinal, grupos de indivíduos que agem inadequadamente refletem uma sociedade que age inadequadamente, certo?

Não precisa estudar muito, isso é lógica.

Mas, como é possível criarmos os problemas e nos isentarmos de resolvê-los? Aguardando que alguém o faça por nós…


Da mesma maneira que acredito em Deus, ou uma força maior que tudo rege (dê o nome que quiser), eu acredito que não estamos aqui por acaso. E que cada um de nós tem Dele dentro de si. E exatamente por isso, temos a capacidade de resolvermos os problemas que criamos, e de forma benéfica, em vez de falsas soluções que só criam ainda mais problemas…

Basta que cada um de nós queira.


Sim, cada UM de nós.


Voltando a ideia dos grupos de indivíduos citada anteriormente…

Embora muitos possam pensar que a mudança precisa ser coletiva, há um engano astuto neste modo de pensar. Para percebermos que a mudança não pode ocorrer coletivamente, basta observarmos como é difícil mudarmos alguém.

Não é mesmo?


E nós mesmos? Não é difícil mudar algo em nós mesmos, mesmo quando sabemos ser necessário…?

Pois é, e geralmente a mudança ocorre quando por alguma razão nossas relações se mostram inadequadas e geradoras de sofrimento. Quando o sofrimento é insuportável, a decisão de mudança ocorre… Mas ela (a decisão) também vem de outra forma, felizmente, quando inspirados por alguém que se comporta de forma adequada, amorosa, benéfica.


Que outro fato podemos tirar daqui?

O ser humano é um ser social, social na medida em que precisa do outro para se reconhecer, como um espelho.

Se o outro (ser humano, animais etc) não existisse, como você se reconheceria? Como você perceberia suas qualidades e também suas falhas?

Então, precisamos da coletividade (grupos de indivíduos) porque é nela que nos reconhecemos, mas a mudança é sempre individual. E é a mudança individual que se manifesta no grupo de indivíduos e se estabelece.

É um ciclo.


Precisamos deixar a infância no lugar dela, para começarmos a agir com maturidade e responsabilidade, e assim, termos orgulho dos relacionamentos e criações acertadas e benéficas para o todo, e também das falhas corrigidas.


Livre arbítrio é isso, somos livres para agir da forma que desejarmos, mas a colheita é obrigatória, como indivíduo e coletividade. E lembre-se que é um ciclo, um afeta o outro, sempre.

Não é pecado, nem errado, errar. Mas é infantilidade, e até burrice, continuar cometendo os mesmos erros e aguardando que alguém os venha corrigir e nos salvar.

A zona de conforto é ótima, e super agradável, pena que nada cresce lá...

Coisas fofas confortam e acalentam sem dúvida, mas também nos colocam na zona de conforto, e criam diversas ilusões, falsas verdades e fugas, isso mesmo.

E atualmente precisamos consertar tantas coisas e precisamos tanto aprender a amar, que a zona de conforto não cabe, porque nos impede de dar um primeiro passo.

E é por isso, que não tenho vontade de postar coisas fofas sempre…

E o mais legal é que:

Quando tiver vontade de postá-las, não haverá necessidade disso.


Beijinhos de Luz!

Tati




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