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Por que não estou mais em Redes Sociais como Instagram?

Esta foi uma pergunta frequente nesses últimos meses, e por esta razão estou por aqui, para escrever um pouquinho sobre isso.


Confesso que nunca fui muito fã de tais plataformas. Mas alguns anos depois do surgimento do Facebook, optei por abrir uma conta na plataforma para ter uma espécie de meio de divulgação de trabalho. Alguns anos depois, o mesmo aconteceu com o Instagram.


Plataformas parecidas, com propostas um tanto diferentes que acabaram por dar mais popularidade ao Instagram. Até aí tudo bem, quando temos um foco, fica mais fácil administrar.


No entanto, a ideia que não me agradava antes de eu abrir tais contas acabou por se revelar bastante verdadeira. Quando começamos a nos expor da forma que atualmente nos expomos, o serviço que oferecemos quando utilizamos tais ferramentas passa a não ser mais o produto. O produto passa a ser o indivíduo, traduzindo, o produto somos nós. E o que se busca é o que temos de mais valioso, nossa Atenção.


Textos e conteúdos de qualidade deixaram de ser o foco, e as imagens mais atraentes tomaram este lugar. Sendo assim, se textos já te oferecem liberdade de interpretação, imaginem as imagens... (a utilização das palavras com a mesma origem não são mera coincidência). Pois é, o que vale agora é o que você imagina ver, e não o que de fato é.


Com um discurso bastante livre, cômodo e conectivo, quem duvidava que teríamos tantos seguidores? Aliás, cultos são repletos de seguidores. Soa familiar?

O que podemos ver, se quisermos refletir um pouquinho, é um monte de seguidores de outros seguidores, e no final somos todos produtos... De quem? Das tais plataformas... elas é que lucram através da sua atenção. E o que é mais irônico é que quanto mais atento a elas, mais desatento, com relação ao que realmente importa. O quê? Nosso tempo. Nossa vida.



Competição velada, à flor da pele. Ou melhor, das mentes e emocionais alheios. Todos querendo ter ‘sucesso’, angariando milhares de seguidores. Vendemos nossas imagens, nossas fórmulas mágicas para o sucesso, para a felicidade, etc, mas será que existe fórmula mágica? Será que existe uma fórmula única para indivíduos que são diferentes?

(...)

Será que aquele que vende felicidade é realmente feliz? Será que ele sabe quem Ele É?


O que podemos perceber, se quisermos nos dar o trabalho de olhar de verdade, e de sentir os sentimentos que tanto rechaçamos...? Que cada vez mais pessoas estão ansiosas, frustradas, deprimidas... Achando que a conexão oferecida por tais plataformas é a conexão real, a que verdadeiramente precisamos.


Mas deixa te contar um segredo, a conexão verdadeira é gratuita, não exige competição, e não provoca dependência de nenhum tipo. A verdadeira conexão não exige que tenhamos um celular, um computador, um boleto de internet ou serviços de telefonia pagos. E ainda, e mais importante, a conexão verdadeira te permite saber quem você é. Em vez de nos encher de ansiedades na busca de aprender várias fórmulas mágicas e ‘conteúdos’ que só geram ainda mais ansiedade, ela nos esvazia ao nos dar o único conhecimento que precisamos.


A comodidade, a praticidade, rapidez e conforto em resolver algumas coisas nos dão a sensação de que o terreno é ilimitado e as possibilidades infinitas, mas não revelam a dependência, as mãos nas quais ficamos... Então eu diria que isso não é exatamente liberdade.


Sem nem mencionar o verdadeiro bombardeio de informações que recebemos sem nem solicitarmos. É, guerra de informação cai bem como rótulo aqui, pois nem quando usamos as ferramentas da forma mais consciente possível estamos livres da chuva de (des)informação, propaganda etc de todos os tipos... Achar que isso é saudável, é pura falta de atenção... que aliás, como já disse é o que estamos dando, vendendo, doando, nomeie a ação como preferir.


Acho que vou parar por aqui, já dá para ter alguns pontos de reflexão para entender o porquê de eu ter escolhido sair delas. Se será temporário, só saberei daqui a algum tempo.


Se sua cabeça está cheia, confusa e você não sabe bem o que fazer, como fazer, e isso te gera angústia, ansiedade, depressão etc, faça um teste. Procure ficar alguns dias sem receber tanto deste conteúdo ‘passivo-involuntário’, uma semaninha se conseguir. E observe como se sente.

Depois se puder, e quiser, venha aqui me contar. Ficaria muito contente em saber.


--> Só vou te dar um spoiler: Você não deixa de existir para quem se importa com você.


Vou aguardar.

Cuide-se! Sua atenção é seu maior presente, dela depende o seu mundo, literalmente.


Beijinhos de Luz!

Tati



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