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Sobre Ser Mãe...

Tenho um desabafo hoje…


Domingo, em pleno dia das mães, que já é um dia que nem precisaria de uma data já que dia da mãe e do pai é todo dia, dei de cara com uma postagem que me deixou um tanto pasma… fui atrás da entrevista para entender.


Não vou entrar na entrevista em si, mas trata-se do caso de uma mãe que detesta ser mãe, e a filha sabe disso. E isso foi a público, por vontade dela, e sem preservar a imagem da criança.

Sem julgamentos, afinal acredito que arrependimentos acontecem e são normais.


Mas há um fato, detalhe importante, nesta história, e em qualquer história: tudo que vivemos refletem nossas ESCOLHAS, pelo menos na maioria das situações normais. E precisamos ser responsáveis por elas, e de preferência, da maneira mais gentil possível com o outro que não tem culpa nenhuma.


Tornar-se mãe é uma escolha, mais ainda hoje em dia, já que há mais liberdade para a mulher decidir se quer, ou não, ter filhos.

Tornar-se mãe envolve questões muito sérias, como a educação e a orientação de um Ser, que a princípio depende exclusivamente dela, para tudo, e que mais tarde terá uma participação saudável, ou não, na sociedade.

Por isso, deveria ser algo MUITO bem pensado, e NUNCA decidido por impulso, vontade de agradar o parceiro, para segurar o parceiro, para manter o casamento ou qualquer coisa do tipo. Afinal, uma mãe não apenas alimenta e ensina o que pode ou não pode fazer, ela é fundamental no processo de desenvolvimento emocional e mental da criança, imprescindível para a futura participação deste indivíduo em seu grupo e na sociedade.


É fato que muitas mulheres não querem ser mães, simplesmente não têm esta vontade; muitas não se enxergam como mães por diversas razões e está tudo bem, siga seu coração, sua escolha, e seja feliz. No entanto, a gente sabe que toda escolha exige renúncia de algo, já que essa coisa moderna de dar conta de tudo, ou de ter tudo, é só um conto da carochinha… escolher ser mãe é difícil e escolher não ser também tem seu lado duro, enfrentemos o fato, tudo na vida tem ônus e bônus…

Então, por favor, chegamos em um ponto em que não dá mais para ficar jogando culpas nos outros…


Aí vem o argumento: a romantização do ser mãe… Eu sei que existe ‘romantização’, mas na real, vou te contar um segredo, esta romantização veio muito mais por parte das mídias (desde muito tempo) do que da realidade.

O que mais ouço mulheres falarem é que quando decidiram engravidar, ou quando engravidaram, leram diversos livros para saber sobre o desenvolvimento da gravidez, sobre maternidade…. oi?

O que aconteceu com os diálogos com as mães, com as avós, com as ancestrais (próprias ou da comunidade)? Experimenta perguntar para alguém das antigas como foi a gravidez, ou como foram os primeiros meses, se foram fáceis…? Se era fácil ter que colher na lavoura, por exemplo, com bebê de colo…? Se este tipo de conversa acontecesse, te garanto que a maioria das futuras mamães saberiam que nem tudo são flores… A questão é que a gente não valoriza muito a sabedoria dos mais velhos não é mesmo? Porque é crendice, não é moderno, ou não é científico…Comunidade então, isso ainda existe hoje em dia? (Aquele conceito de Com+unidade= em que todos naquele grupo contribuem para a evolução do grupo, do bem comum…)

O que eu vejo é que cada vez mais a gente se apoia no que lê, nas narrativas criadas, e esquece de perguntar para quem já passou por muitas coisas na vida, e que estão do nosso lado…


Ser mãe é uma jornada lindona, mas longe de ser fácil e que, apesar do vínculo vitalício, não torna a mãe responsável pela alma do filho ou da filha para sempre, e é exatamente por isso que PRECISAMOS realmente QUERER ser mães, porque eles vão para o mundo, vão se juntar e acrescentar à sociedade de acordo com aquilo que viveram, que sentiram, que aprenderam…

A gente vive pensando no amanhã, no futuro, mas frequentemente se esquece que o futuro se constrói com o hoje, com a base, com o regar saudável e adequado da semente… Consegue perceber onde quero chegar?


O que aconteceu, aconteceu, fruto de escolhas… Ponto! Agora o que você vai fazer daqui por diante?

Faça o MELHOR que puder!

Mas se você considera a maternidade, e a paternidade também, pense bem a respeito, e se achar que precisa se resolver ou se curar em algum aspecto, tente fazê-lo antes, é melhor para você, para seus filhos, se os tiver, e para todo mundo, literalmente.


Pense a respeito e com carinho por você e por quem te cerca!


Te desejo Luz e Paz!

Tati

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